quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A dança e os seus benefícios para a saúde


Diferentemente de outras formas de exercícios, não há limite de idade para a dança. Além de ser divertida, a prática ajuda a manter a forma e oferece muitos outros benefícios à saúde. Confira abaixo:

- A dança é uma das formas de eliminar a monotonia de nossas vidas, divertindo, enquanto beneficia a saúde física e emocional;

- Ao ter aulas de dança, é possível desafiar a mente e estimular a conectividade do cérebro;

- É uma grande atividade para pessoas com risco de sofrerem doenças cardiovasculares. Um estudo italiano demonstrou que pessoas com insuficiência cardíaca melhoraram o desempenho desse órgão, ao adotar a dança como exercício, bem como a respiração e a qualidade de vida, de maneira significativa, em comparação com aqueles que pedalavam ou caminhavam em esteira;

- A perda de peso é outro dos benefícios que a dança proporciona, se praticada com regularidade. Um estudo realizado pelo Journal of Physiological Anthropology, demonstrou que um programa de exercício aeróbico de entretenimento, tal como a dança, é tão útil para a perda de peso e o aumento da potência aeróbica quanto o ciclismo ou a corrida;

- Você se sente sem energia durante o dia? Dançar pode te ajudar a recuperá-la. Uma pesquisa publicada no The Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition, demonstrou que um programa de dança semanal poderia melhorar o rendimento físico e aumentar os níveis de energia em adultos.

- Dançar algumas vezes requer uma grande flexibilidade. A maioria das aulas de dança começa com um aquecimento que inclui vários exercícios flexíveis de alongamento. Quando dançamos, devemos nos esforçar para alcançar a amplitude de movimento de todos os grupos musculares;

- Dançar aumenta a força muscular, obrigando-os a resistirem ao próprio peso do corpo. Muitos estilos de dança, incluindo o jazz e o balé, requerem saltos, o que exige muita força nos principais músculos das pernas;

- A dança é um exercício físico e que aumenta a resistência, que nada mais é do que a capacidade dos músculos de trabalharem intensamente, por períodos cada vez mais longos de tempo, sem causar fatiga. Dançar regularmente é ideal para melhorar a resistência;

- Um estudo do International Journal of Neuroscience apontou que a terapia de movimento da dança, além de prevenir ou melhorar a depressão, também atua no estresse psicológico, ao regular os níveis dos hormônios serotonina e dopamina no organismo.

FONTE: MELHOR COM SAÚDE

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Sarcopenia: o que é?


Sarcopenia é uma doença caracterizada pela perda de força muscular e afeta principalmente pessoas a partir dos 65 anos. O transtorno implica prejuízos também à composição e à densidade do metabolismo capilar, além da glicose. Pode afetar a vida do paciente ao ponto de perder a sua independência, passando a necessitar de pessoas por perto e cuidados especiais constantes, mesmo para atividades mais simples do dia a dia.

A doença é uma das causas frequentes de quedas entre os idosos, em consequência do dano muscular. Por isso, recomenda-se que a pessoa acometida por sarcopenia evite subir e descer escadas, além de realizar passeios ou caminhadas sem uma companhia capaz de amparar em caso de alguma urgência.

Causas
A doença é um resultado do avanço da idade, mas não acomete a todos. Os fatores que determinam pacientes a terem a sarcopenia são geralmente crônicos e também há indícios de hábitos que podem influenciar seu desenvolvimento, sobretudo em relação à alimentação e à prática de exercícios e atividades de promoção do bem-estar e qualidade de vida.

 Sintomas
Observe se há alguma dificuldade em levantar da cadeira ou sofá, sem ter o apoio das mãos, ou demais ações no dia a dia que indiquem dificuldades ou fragilidade muscular.
Outro sintoma é que os pacientes que sofrem da doença também passam por dificuldades para realizar caminhadas ou ficar em pé sem o apoio de outra pessoa ou até mesmo de muletas, como acessório de base.

Prevenção
O melhor tratamento é a prevenção, feita a partir da prática regular de atividade física ao longo da vida e não somente quando a doença apresenta seus primeiros indícios. A prática, no entanto, é indicada para os pacientes diagnosticados, como um tratamento que minimize seus efeitos.

Diagnóstico
Os exames mais utilizados para identificar a doença são os que permitem visualizar a parte interna do corpo do paciente, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a radiografia.

Com esses exames, o ortopedista pode identificar o problema e traçar uma linha de tratamento direcionada a cada paciente, que geralmente consiste em atividades físicas que possam resgatar a força dos músculos.

Tratamento
Quando diagnosticado, o paciente precisa adaptar sua rotina e incluir atividades físicas que fortaleçam os membros danificados, sobretudo para que possa manter sua autonomia na realização de atividades básicas, como andar, sentar e se levantar com facilidade. O profissional capacitado para a definição das atividades (um educador físico ou fisioterapeuta) deve dar atenção aos exercícios que atuem no metabolismo aeróbico do paciente.

É importante ter cautela na realização de caminhadas, principalmente para os iniciantes na atividade. Esse exercício deve ser feito diariamente, iniciando com trajetos curtos e sempre sob a companhia de alguém. Outra dica essencial é ingerir bastante água nesse momento, para evitar a desidratação.


Além disso, é preciso também reavaliar os hábitos alimentares do paciente e ingerir mais alimentos ricos em proteínas, necessário para fortalecimento dos músculos. A dieta a ser adotada deve ser orientada por um nutricionista, sob a supervisão do médico que acompanha o paciente e conhece seu histórico clinico. Suplementos alimentares poderão ser indicados pelo nutricionista para auxiliar os resultados dos exercícios.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

MAMÃE, OUTRA COISA ALÉM DA BARRIGA DEVE CRESCER DURANTE A GRAVIDEZ: O CUIDADO.

Gestantes devem usar repelentes para evitar que insetos como Dengue e Zika transmitam infecções, mas somente alguns tipos são indicados.


Vivemos nos últimos tempos uma epidemia de infecções virais potencialmente graves para as gestantes, com destaque para a Dengue e a Zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Para prevenir essas doenças, além da adoção de medidas de controle dos focos criadores do mosquito (como não acumular água parada), algumas dicas podem auxiliar na proteção.

- Uso de roupas compridas;
- Uso de telas nas janelas e de repelentes químicos elétricos;

Assim, os repelentes recomendados para as gestantes são os mesmos recomendados para os adultos. É errado e até perigoso pensar que a mulher grávida deve usar produtos para bebê, pensando que “se não faz mal para o bebê, não deve fazer mal para a gestante”. Para se proteger de doenças graves, a escolha do repelente deve ser feita sempre pelo critério de eficiência.

São três os principais repelentes disponíveis no Brasil:
Icaridina
DEET
R3535

A Icaridina na concentração de 20 a 25% (Exposis) é o repelente de maior duração na pele, conferindo aproximadamente 10 horas de proteção contra os insetos. É a escolha mais recomendada porque exige apenas uma aplicação ao dia, vista ao longo período de ação.

O DEET é o repelente mais comum e mais fácil de ser encontrado nas farmácias e supermercados (nas marcas OFF, Autan, Repelex, entre outros). É um repelente muito eficiente, mas sua duração depende da concentração de DEET no produto. Infelizmente no Brasil a ANVISA só autoriza a venda de repelentes com concentração de DEET de até 15%, o que confere proteção máxima por 6 horas (produtos com concentrações de 25-50% estão disponíveis em outros países e são mais eficazes). Gestantes devem escolher os repelentes com DEET na versão para adultos (15%), com 6 horas de duração, e não a versão infantil, que tem apenas entre 6 a 9% do ativo e menor duração (2 horas).

O IR3535, conhecido como Loção Antimosquito Johnson’s, é indicado para crianças de seis meses a dois anos. Tem duração muito curta, necessitando de reaplicações a cada 2 horas, o que pode deixar a gestante desprotegida em períodos de longa exposição.

Os repelentes naturais como citronela e andiroba tem rápida evaporação e, portanto, um tempo de proteção muito curto, entre 10 a 20 minutos. Assim, não são considerados repelentes seguros para gestantes.

É muito importante que, ao optar por repelentes com base em DEET ou IR3535, fazer reaplicações do produto ao longo do dia.


Vale lembrar que o mosquito Aedes aegypti tem hábitos diurnos e por isso é muito importante priorizar o uso de repelentes nos turnos da manhã e tarde.

Como aplicar?

O efeito dos repelentes se dá pelo “efeito de nuvem”, ou seja, após a aplicação o repelente evapora e forma uma “nuvem” de aproximadamente 4 cm em volta da pele que repele o inseto. Assim, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas, mas por cima dos tecidos e apenas na pele exposta (braços, colo, pernas e pés).

Pelo mesmo motivo, o repelente é o último produto a ser aplicado na pele. Primeiro usa-se hidratantes, filtros solares, maquiagem e o repelente sempre por cima de tudo.

Evite aplicar perto de olhos, nariz e boca. Todos os repelentes podem irritar as mucosas.

Por fim, respeite o intervalo para reaplicação do produto:

 Icaridina: 10 horas na pele e a cada 72 horas nos tecidos

 DEET adultos (15%): 6 horas

 IR3535: 2horas

Obs: As recomendações acima são baseadas nas informações disponíveis nos produtos permitidos pela ANVISA no Brasil atualmente.






quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Tosse: um alerta para várias doenças


Tosse não é doença. Mas é sinal de que há alguma coisa errada com as vias respiratórias. “Trata-se de um mecanismo de defesa do organismo contra uma inflamação, infecção ou irritação nas vias aéreas, que seguem do nariz ao pulmão”, explica a médica Dr. Rosemary Farias Ghefter, coordenadora do Centro de Reabilitação Cardiopulmonar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo.

Só que muita gente considera a tosse algo corriqueiro e até mesmo banal. Por isso, é comum que a pessoa procure um médico em última instância. “Tosse nunca é normal. É preciso investigá-la”, alerta o pneumologista Dr. Ricardo Milinavicius, membro da diretoria da Sociedade Paulista de Pneumologista e Tisiologia.

Segundo os especialistas, a tosse pode ser aguda (quando persiste por duas ou três semanas, geralmente como sintoma de quadros de gripe, sinusite ou bronquite); subaguda (dura de três a oito semanas, possivelmente em decorrência de uma enfermidade mais séria); ou crônica (ultrapassa oito semanas, podendo ser uma doença mais grave, como pneumonia e até câncer de pulmão).

“Não subestime a tosse. Quanto mais cedo você descobrir sua causa e tratar adequadamente, melhor”, diz Dr. Rosemary Ghefter.

As doenças relacionadas à tosse são variadas. Entre elas estão:

- Sinusite: a inflamação dos seios da face provoca a tosse com produção de catarro;

- Bronquite e asma: a inflamação dos brônquios gera irritação pulmonar e uma decorrente tosse seca. Se não for tratada, leva à produção de catarro e infecção;

- Refluxo: o ácido que está no estômago reflui e começa a queimar o esôfago, próximo à traqueia, que fica irritada. A tosse que leva a esse diagnóstico é crônica, ou seja, persistente;

- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): a tosse é crônica, geralmente acompanhada de pigarro, típica do fumante. Quando o quadro agrava, pode ocorrer produção de um catarro amarelado;

- Tuberculose: a suspeita da doença é levantada diante de tosse crônica, com catarro constante e que, às vezes, apresenta sangue;

- Câncer: Uma tosse que não cessa pode indicar câncer de pulmão.

Nenhum medicamento que iniba a tosse deve ser tomado sem orientação médica, pois pode mascarar uma doença grave. “Não tome xarope, que pode ter corante e irritar ainda mais o organismo, intensificando a tosse”, alerta o pneumologista Dr. Ricardo Milinavicius.

“O chazinho não faz mal, mas assim como pastilhas ou xaropes, não trata a tosse. Eles podem apenas diminuir a irritação da garganta, levando a uma sensação de bem-estar”, diz Dr. Rosemary Ghefter. Uma boa hidratação e mel, que tem propriedade broncodilatadora, também podem ajudar no alívio dos sintomas irritativos.

Os médicos reforçam a necessidade de se procurar um especialista para conduzir o tratamento, que pode incluir  anti-inflamatórios e antibióticos.

FONTE: IG

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O que você precisa saber sobre dores nas articulações


Coletamos dúvidas frequentes sobre doenças reumáticas e as respectivas orientações de reumatologistas e ortopedistas. Mas alertamos: a consulta é indispensável para avaliação e tratamento do paciente.

As articulações doem mais em locais frios?
Segundo o reumatologista Dr. Nilton Salles, do Hospital 9 de Julho (SP), em locais úmidos ou de temperaturas mais baixas, as pessoas apresentam maior sensibilidade e, por isso, percebem a dor de maneira diferente. "Entretanto, na maior parte dos casos, não há qualquer evidência de que a inflamação nas articulações tenha sido intensificada", explica.

Dores nas articulações é uma condição exclusiva em pessoas de idade?
"Existem mais de 120 tipos de doenças reumáticas. Algumas costumam acometer pessoas de idade, mas outras são típicas da infância ou da adolescência", aponta o reumatologista Dr. Geraldo Castelar, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
A osteoartrite, por exemplo, é mais comum em idosos. O lúpus, por sua vez, atinge jovens em torno dos 20 anos. Já a gota é mais comum em adultos por volta dos 35 anos.

Exercícios físicos agravam as dores nas articulações?
De forma geral, a prática de exercícios é benéfica para as articulações, pois fortalece a musculatura do corpo e estimula a movimentação. "Dependendo do estágio da doença, entretanto,  ela não é recomendável", alerta Dr. Nilton.
Segundo o especialista, em casos agudos de gota, por exemplo, até vestir a roupa pode ser doloroso. Por isso, é fundamental conversar com seu médico antes de iniciar uma atividade física.
"A maioria das pessoas alongam-se um pouco antes ou depois de uma atividade física, mas o alongamento deve ser incorporado em sua rotina diária", explica o ortopedista Dr. Rodrigo Junqueira Nicolau. Pessoas que permanecem sentadas por muito tempo devem ter atenção redobrada. "Isso, de certa forma, causa uma sobrecarga sobre nossas articulações, em especial na nossa coluna".

O peso compromete as articulações?
Estar acima do peso pode aumentar a pressão sobre as articulações. "O sobrepeso e a obesidade são agravantes para aqueles que já sofrem de inflamação nas articulações e, por isso, devem ser tratados", aponta Dr. Nilton. Carregar muito peso ou se submeter a esforços intensos podem comprometer ainda mais o quadro.
A prática de atividade física é a melhor maneira de reverter o problema de peso e ao mesmo tempo fortalecer as articulações. "Ao iniciar as atividades físicas, opte por exercícios de baixo impacto, como andar de bicicleta, nadar ou caminhar para reduzir a pressão sobre as articulações", explica o ortopedista Dr. Rodrigo. Além disso, músculos fortalecidos aliviam o trabalho das articulações.

A fisioterapia é a única solução para as dores nas articulações?

Depende da doença que causa as dores. Em alguns casos, é essencial a aliança entre a fisioterapia e anti-inflamatórios. Em outros, apenas a fisioterapia, e há também aqueles em que o medicamento e repouso completo são suficientes. Quem define isso é um especialista no assunto e, por isso, a avaliação médica é tão importante.
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FONTE: MINHA VIDA

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os 10 principais sintomas de uma doença renal


Muitas pessoas podem sofrer de uma doença renal e nem saber. Como os primeiros sinais são muito sutis, é comum que se descubra uma Doença Renal Crônica (DRC) quando ela atinge a condição de insuficiência renal, o que pode levar muitos anos. Conheça os principais alertas que os seus rins emitem quando algo não vai bem:

Alterações na urina - Acordar durante a noite para ir ao banheiro, sentir maior ou menor necessidade de urinar que o habitual, apresentar a urina com textura espumosa, com sangue ou com a cor mais escura são episódios que não devem ser ignorados. Sentir pressão intensa ou dificuldades para eliminar o líquido também são sintomas comuns.

Inchaço - Quando os rins apresentam um mau funcionamento, eles não conseguem remover o líquido extra que é produzido. Com isso, ele se acumula em várias partes do corpo, causando inchaço nas pernas, tornozelos, pés, rosto e mãos. Muitas vezes, o sentir-se inchado também está relacionado com a má alimentação, especialmente entre os idosos que não seguem uma dieta equilibrada e saudável.

Fadiga – O hormônio eritropoietina é a principal responsável pela produção de células vermelhas no sangue, necessárias para o transporte do oxigênio. Quando o funcionamento dos rins não é pleno, a eritropoietina deixa de ser produzida, fazendo com que o cérebro e os músculos fiquem cansados mais rápido. Essa condição é conhecida como anemia.

Sensação de frio – O anêmico pode sentir frio, mesmo numa sala com aquecimento, em razão da debilitada circulação do sangue pelo corpo.

Concentração e equilíbrio prejudicados - Quando a anemia está relacionada com uma doença renal, é sinal de que o cérebro não está recebendo a quantidade de oxigênio necessária para o desempenho de suas principais funções. Como resultado, a pessoa pode apresentar perdas de memória, dificuldades de concentração, tonturas frequentes e perda de equilíbrio.

Falta de ar – Em caso de uma doença renal, o líquido suplementar produzido por  esse órgão pode ficar acumulado nos pulmões, dificultando a respiração e oferecendo riscos ao seu funcionamento. Além disso, a anemia também compromete a circulação de oxigênio no organismo, contribuindo para a falta de ar.

Dores nas pernas - Algumas pessoas acometidas por problemas renais podem sentir dores nas costas ou na lateral da perna, do lado (esquerdo ou direito) em que se encontra o órgão debilitado. O rim policístico é uma doença muito comum e que provoca dor intensa.

Erupções cutâneas e coceira - Quando os rins funcionam de forma inadequada, a acumulação de resíduos no sangue (uremia) pode gerar coceira e erupções cutâneas em qualquer parte do corpo, sendo situações frequentemente confundidas com alergias.

Gosto metálico na boca - A acumulação de resíduos no sangue pode transformar por completo o sabor dos alimentos e, geralmente, também provoca mau hálito. É comum uma pessoa com problemas renais sentir um sabor metálico durante a refeição, comprometendo grande parte da satisfação de realizá-la. Os idosos são as pessoas mais afetadas por isso e costumam perder muito peso.

Náuseas e vômitos - A formação de resíduos no sangue pode causar náuseas e vômitos. Pessoas com doenças renais estão constantemente enjoadas e sem vontade de comer e, consequentemente, apresentam falta de energia para a realização das tarefas básicas do cotidiano.
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Causas para doenças renais:
A pressão arterial alta, doenças cardíacas e diabetes são as principais causas das doenças renais. Como elas não apresentam qualquer tipo de sinal ou sintoma evidente no seu estágio inicial, a única forma de detectá-las é a partir da realização de um checkup clínico.


O diagnóstico precoce oferece mais chances de controle da doença, que pode culminar em insuficiência renal. Quando isso ocorre, as únicas opções de tratamento são a diálise e/ ou transplante do órgão.
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FONTE: CUIDAMOS

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Os benefícios do alongamento regular


Assim como cada parte de nosso corpo, os músculos precisam de manutenção e cuidados. Por isso, atividades físicas regulares são fundamentais para que eles se desenvolvam e adquiram maior flexibilidade.

O alongamento normalmente é indicado antes e após a realização de exercícios físicos mais pesados, sejam eles aeróbicos (como a caminhada) ou anaeróbicos (a musculação e diversos outros). Gilberto Anauate, chefe de ortopedia do Hospital Santa Paula (SP), apresenta os benefícios dessa prática: "O alongamento diminui o risco de lesões e distensões musculares, melhora o desempenho físico, a postura e a circulação sanguínea, além de oferecer a sensação de relaxamento e bem-estar".

O médico ainda aponta a importância da supervisão de um fisioterapeuta ou educador físico com capacidade de orientar a pessoa de acordo com a sua intenção e necessidade – como a prevenção de dores em determinada parte do corpo, por exemplo.

Os sedentários também devem alongar a musculatura, especialmente a região posterior - parte de trás do corpo. "Durante o dia a dia, a maioria das pessoas acumula estresse, principalmente na região cervical (nuca) e lombar (costas)", observa a professora de ginástica Fabianna Queiroz. Ela ainda ensina movimentos simples que podem ser inseridos na rotina de trabalho, passo a passo:

1º) Sente-se com as pernas estendidas, em postura ereta, encostada ou não na parede;
2º) Deixe as pernas paralelas, os pés apontados para cima;
3º) Tente alcançar a ponta do pé, mantendo a coluna ereta. Fique na mesma posição por 20 segundos e relaxe.

Uma dica essencial é não forçar a musculatura para alcançar os pés, já no primeiro momento. "Com a prática, todos alcançam os pés, mas cada pessoa tem o seu próprio tempo para alcançar esse resultado", ensina Fabianna. Ela sugere que o alongamento não seja confundido com exercícios de flexibilidade, pois ele não deve ser realizado muitas vezes ao dia. "O ideal é alongar antes e depois dos exercícios ou, para quem não pratica exercícios, duas vezes por dia, a hora que a pessoa acorda e logo depois do trabalho, por exemplo."Afinal, os músculos precisam de momentos de descanso. Muitas lesões e acidentes acontecem porque a musculatura foi fatigada.

Tanto o médico quanto a professora informam que o alongamento é indicado para homens e mulheres e de todas as idades. "A única recomendação é que o aluno que tem alguma patologia - como osteoporose ou hérnia de disco - procure um médico e concilie o diagnóstico com o trabalho de seu personal trainer ou professor de fitness. No geral, todos podem praticar alongamentos, o que pode mudar é o tipo de atividade adotada", diz Fabianna. "Com o devido acompanhamento, até pacientes acamados podem alongar os músculos", finaliza o médico.

FONTE: VILA MULHER

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Distúrbios do sono: causas, efeitos e tratamentos


Cansaço persistente, irritação, falta de atenção e queda de rendimento. Esses comportamentos, facilmente chamados de "preguiça" por amigos na escola ou no trabalho podem, na realidade, ser resultado de distúrbios do sono. As consequências desse quadro levam a pessoa ao risco de doença cardiovascular e até depressão.

Conheça os principais transtornos do sono:

INSÔNIA - É o problema de sono mais comum na população brasileira. Caracteriza-se pela dificuldade em iniciar e manter o sono ou dormir de maneira não reparadora, o que acarreta repercussão nas atividades diurnas. A pessoa se sente cansada, irritada, sonolenta, com dores no corpo, desanimada, mal-humorada e apresenta alterações de memória.
Causas: Ansiedade, estresse, depressão, maus hábitos - como a ingestão de bebidas alcoólicas, cafeína, chás mate e preto (que funcionam como estimulantes) próximo ao horário de dormir, ausência de horários regulares para dormir e acordar, alimentação pesada, realização de exercícios físicos à noite, além de problemas familiares, econômicos e profissionais. As causas também podem ser orgânicas, como alterações na respiração.
Tratamento: Um diagnóstico correto sobre o distúrbio e um estudo para descobrir a causa são essenciais. A partir daí, são indicadas as medidas psicológicas e medicamentosas necessárias para cada caso.

SONOLÊNCIA EXCESSIVA - É caracterizada por muito sono ou sensação de sonolência nos momentos em que é necessário estar desperto e atento, como ao dirigir, durante entrevistas ou palestras. Muitas vezes, a sensação é tão incontrolável que a pessoa chega a dormir em situações perigosas.
Causas: Dormir menos do que o necessário ou ter distúrbios do sono como, por exemplo, a apneia do sono.
Tratamento: Investigar a causa, levantar o diagnóstico e tratá-lo de acordo com o distúrbio encontrado. Se a causa for dormir menos do que o necessário, a solução pode vir do aumento das horas de sono.

SONAMBULISMO e TERROR NOTURNO -Esses transtornos são mais comuns em crianças. No sonambulismo, a pessoa levanta da cama e anda pela casa enquanto dorme e, ao acordar no outro dia, não se lembra de nada. No terror noturno, a criança senta na cama e começa a gritar, apavorada, mas depois se deita novamente e também não se lembra do fato.
Segundo a Dra. Stella, não devemos acordar a pessoa durante esses episódios, uma vez que ela está em um estado de consciência que “mistura” sono profundo e vigília. “Ela pode ficar mais confusa e, às vezes, o episódio se prolonga. Tanto no sonambulismo quanto no terror noturno, a melhor postura é manter a calma e esperar passar”.
Causa: Ainda não há uma explicação para esses distúrbios.
Tratamento: Ambos os problemas costumam desaparecer conforme a criança cresce. É necessário tomar providências para evitar acidentes durante os episódios. Os adultos desenvolvem o sonambulismo como resultado de tensões emocionais, que devem ser tratadas.

ENURESE - A criança urina na cama durante a noite. Há dois tipos: enurese primária, em que crianças com mais de cinco anos não conseguem controlar a liberação de urina; e enurese secundária, em que conseguiam controlar e depois voltam a urinar.
Causa: Não são conhecidas as relacionadas ao tipo primário e, no tipo secundário, a enurese é proveniente de problemas emocionais. Foi constatado, recentemente, que o distúrbio também pode ser provocado pela falta de um hormônio antidiurético, responsável por controlar a urina.
Tratamento: Se a causa for falta de hormônio, pode ser feito por meio de reposição. Também há tratamentos comportamentais.

DISTÚRBIO COMPORTAMENTAL DO SONO REM - O sono é dividido em fases e o REM (Rapid Eye Moviment, ou Movimentos Oculares Rápidos) é o do sonho.  Esse transtorno é mais comum entre homens idosos, embora possa se manifestar em qualquer pessoa. A paralisia, característica normal desse estágio do sono, não acontece e, com isso, a pessoa vivencia o que está sonhando. Muitas vezes o comportamento é violento e as pessoas acabam com fraturas, cortes ou machucando seus companheiros. Nesse caso, devem ser tomadas medidas de segurança - como manter janelas e portas trancadas - para evitar acidentes.
Causa: Não é conhecida na maioria dos casos.
Tratamento: Uso de medicamentos específicos, de acordo com avaliação médica.

APNEIA - É um distúrbio com alta prevalência na população. Trata-se da diminuição ou interrupção da respiração por 10 segundos no mínimo. Com isso, despertar várias vezes durante a noite, ou com falta de ar, é bastante comum.
O problema atinge principalmente os homens de meia idade acima do peso e mulheres após a menopausa, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, incluindo crianças. A pessoa com apneia geralmente ronca, acorda cansada (às vezes com a boca seca), fica sonolenta e apresenta queda de rendimento, além de correr risco de doença cardiovascular.
Causas: Obesidade, características físicas como o aumento das amígdalas (mais comum em crianças) ou, ainda, o estreitamento das vias respiratórias.
Tratamento: Cirurgias, uso do CPAP (sigla para ‘Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas’, que consiste num aparelho que injeta ar comprimido no nariz com pressão, desobstruindo a faringe de forma mecânica), aparelho dentário, emagrecimento e cuidado medicamentoso.

Como constatar - Além da observação das pessoas que dividam o mesmo quarto, o exame polissonografia tem o papel de analisar o paciente enquanto dorme, devendo ser realizado em um laboratório especializado. O procedimento avalia os movimentos dos olhos e pernas, a atividade elétrica cerebral, a respiração, o teor de oxigênio no sangue, entre outras funções.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Seis plantas medicinais para sempre ter em casa


Diversos estudos científicos já comprovaram os benefícios de algumas plantas para a saúde. No entanto, o uso indevido dessas pode causar efeitos tóxicos no organismo, como é o caso da hortelã, que, se for consumida em excesso, pode aumentar a acidez no estômago.

Além disso, a combinação de algumas plantas com determinados medicamentos podem transformar aliados da saúde em inimigos. Quem trata a pressão alta com remédios, por exemplo, deve ficar longe de espécies do tipo guaraná que, ao liberar adrenalina, podem anular o efeito do medicamento.

A infusão (isto é, o processo de fervura) é o modo mais simples e eficaz de extrair as propriedades das plantas. Por isso, recomenda-se que o chá seja preparado utilizando duas colheres (de sobremesa) da erva escolhida e duas  xícaras de água numa chaleira, onde deve permanecer por entre 10 a 15 minutos. A quantidade equivalente a uma xícara já oferece o efeito medicinal da planta e dificilmente riscos  à saúde.

Confira abaixo algumas espécies que podem melhorar a sua qualidade de vida:

Lavanda: auxilia na qualidade do sono
Com capacidade sedativa, ela é capaz de diminuir a atividade motora do organismo e, consequentemente, proporciona um sono mais duradouro e reparador, além de diminuir a irritabilidade e o stress. É uma das plantas medicinais mais utilizadas no mundo. A farmacêutica María Tránsito Lopez, uma das autoras do livro ‘Plantas Medicinais em Casa’, aponta ainda outra vantagem: "Ela é utilizada desde a Antiguidade, tanto por suas propriedades medicinais quanto pelo seu aroma agradável e capaz de repelir insetos."

Boldo: ajuda na digestão dos alimentos
Protetor do fígado, o boldo aumenta a produção de bílis e, por isso, é recomendado em casos de mau funcionamento da vesícula biliar. Dessa forma, ajuda na digestão dos alimentos, sobretudo no caso de digestões lentas e difíceis, isto é, aquelas que dão a sensação de estômago pesado e sabor amargo na boca.

Passiflora: controla o stress
Age como relaxante muscular e pode ser grande aliado no combate da ansiedade. Também é útil contra a insônia, promovendo o sono de forma natural e evitando cãibras noturnas. A passiflora também tem poder contra a irritabilidade relacionada à TPM e à menopausa.

Camomila: facilita a digestão
Alivia dores abdominais e espasmos gastrointestinais. Pode ajudar a controlar vômitos, náuseas e diarreias. Além disso, a camomila é uma planta sedativa, capaz de aliviar dores associadas à menstruação. Também é grande aliada de pais e mães que querem estimular o sono de bebês e crianças.

Verbena: combate a ansiedade
É um sedativo natural. Sua principal propriedade é no combate à ansiedade. Também pode ser utilizada contra enxaqueca de origem nervosa ou associada ao ciclo menstrual. Compostos preparados com essa planta (óleos essenciais) amenizam a dor de queimaduras leves.

Eucalipto: alivia a respiração

Suas folhas, secas ou frescas, possuem propriedades expectorantes que agem nas vias respiratórias. Além disso, o eucalipto é um grande aliado contra catarros, faringite e bronquites. Também pode oferecer bons resultados para aliviar a dor articular e muscular, além de curar feridas.


FONTE: VEJA

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Diástase: a transformação muscular em gestantes


   Uma linha ‘afundada’ que sai da região do peito e vai até, mais ou menos, o umbigo, como se separasse o abdome em dois. Pode soar estranha essa condição fisiológica, chamada de diástase, mas ela é mais comum em mulheres em período de pós-parto do que se pensa.

   "A diástase é o afastamento dos músculos do abdome. O organismo feminino prepara o corpo para a gestação e o aumento da parede abdominal nesse período faz com que ocorra esse processo de afastamento", explica o ginecologista e obstetra Sérgio Hecker Luz, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

   Ele esclarece ainda que a condição não tem nada a ver com o tipo de procedimento realizado: "Esse processo acontece na gestação e não no momento do parto e, portanto, não há importância se o nascimento ocorre por via cesárea ou normal. A única diferença é que, no caso da cesariana, a cavidade fica acima do umbigo, enquanto no parto vaginal perto do púbis".

   A diástase está muito relacionada aos hábitos da gestante, até mesmo antes da gravidez. O ginecologista e obstetra Carlos Alberto Politano, diretor da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) explica: “Dependendo da constituição da pessoa ou da atividade muscular que ela teve durante a gestação, essas linhas podem ficar afastadas e formar um espaço que vai de um a três centímetros. Quando a pessoa contrai o abdome aparece um feixe muscular de cada lado”.

   Por isso, é importante ter atenção à postura ao andar, sentar e ao praticar atividades físicas. “Se a pessoa tem uma musculatura abdominal que foi exercitada no período anterior, essa musculatura tem uma capacidade de extensão maior que aquela musculatura que não era exercitada”, esclarece Politano.

   Durante a gestação, a má postura interfere diretamente nos feixes musculares devido à mudança na curvatura da coluna, que é resultante do crescimento do abdome. "Uma gestante que era sedentária antes da gravidez deve inserir uma atividade física no seu dia a dia, ativar a musculatura paravertebral e abdominal e cuidar da postura. Hoje, muitas grávidas trabalham sentadas mexendo no computador e passam horas em posições erradas. No pré-natal, costumamos dizer que há dois pilares para uma gravidez saudável: as atividades físicas e a alimentação", completa.

   Na lista de exercícios indicados para as futuras mamães estão: caminhada, hidroginástica, pilates e, até mesmo, academia - caso ela já frequente e seja constantemente assistida por um profissional especializado em treinamento para gestantes. Assim, o mais importante é praticar atividades que se encaixem na rotina da gestante.

   Já no quesito alimentação, a recomendação do médico é comer a cada três horas e manter uma dieta equilibrada. "Há vinte anos, a gestante vinha ao pré-natal e sua única preocupação era a gestação, não pensava em comer de forma saudável e se hidratar. Tinha-se a ideia de comer por dois. Hoje é diferente. Quando falamos em comer de três em três horas e em menores porções, muitas falam que vão engordar. Porém, o que engorda é comer só no café, almoço e jantar. O que se precisa ter é uma alimentação equilibrada, e é claro que isso vai influenciar na musculatura, pois é necessário ter uma ingestão proteica balanceada".

   A diástase começa a se formar durante a gestação, mas, muitas vezes, é depois que ela se evidencia. O diagnóstico é realizado por meio de um exame físico em que o médico solicita para que a paciente, deitada, se levante sem o auxílio das mãos. Quando ela está com diástase, os médicos observam uma elevação na região central do abdome.

   Apesar de não ser possível prevenir seu aparecimento, é possível tratá-la sem intervenções cirúrgicas, como abdominoplastias, que segundo Dr. Luz, podem atrapalhar gestações futuras. Por isso, é preciso dar tempo ao tempo e investir nos exercícios físicos.

   "A maioria das diástases fica imperceptível depois de algum tempo e com o auxílio de exercícios para fortalecer o abdome, como musculação e pilates. Em média, em torno de um ano, as mães já não observam esse afastamento, no entanto, cada organismo reage de uma maneira", completa.

   Segundo Politano, não vale investir numa cinta durante a gravidez, mas depois do parto ela é uma boa opção. "Na gestação, usar a cinta é tapar o sol com a peneira, pois o mais importante é manter uma postura correta para evitar dores. Depois da gravidez, no entanto, é fundamental porque o abdome está flácido e a cinta ajuda a minimizar isso na musculatura".


   Caso você perceba que há uma depressão de mais de 1,5 centímetro entre os músculos do abdome, o ideal é buscar ajuda médica para uma cirurgia plástica. Se houver uma diástase pequena - de 1 cm a 1,5 cm - só com os exercícios, o estiramento das fibras musculares acaba ficando imperceptível. "Mas a atividade deve ser feita com o acompanhamento de um fisioterapeuta, porque ele vai saber trabalhar a musculatura reto abdominal", pontua o ginecologista.

FONTE: ESTADÃO e UOL

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mais de 40% da população mundial sofre de Síndrome do Intestino Irritável

   O intestino é constituído por duas partes: o intestino delgado e o intestino grosso. O delgado (formado pelo duodeno, jejuno e íleo) estende-se do piloro – válvula que separa o estômago do duodeno – até a junção íleocecal, onde começa o intestino grosso, que vai desembocar no reto.

   Muita gente se queixa de problemas intestinais como cólicas em períodos alternados, gases que provocam distensão do abdômen, crises de prisão de ventre e diarreia, além da sensação de que o intestino não foi esvaziado completamente com a evacuação. Esses sintomas, por sua vez, são comuns a muitas doenças intestinais, como a Síndrome do Intestino Irritável, um distúrbio funcional, sem causa anatômica ou lesões que a justifiquem. Por isso, o diagnóstico desta é de fundamental importância para excluir a possibilidade de patologias mais graves.

   No passado, a síndrome era chamada de colite nervosa e era atribuída apenas a alterações emocionais. Esse nome, no entanto, não estava correto, já que o distúrbio, ao contrário das doenças orgânicas, não apresenta inflamação. Além disso, sabe-se que o intestino tem enervação própria e hormônios que regulam sua capacidade de excretar.

   A coordenação motora do intestino é absolutamente necessária para fazer o bolo fecal progredir nos intestinos. Para tanto, são necessárias estruturas anatômicas (músculos, mucosas etc.), além de mediadores químicos que agem nas fibras musculares e provocam contrações.

   Os principais sintomas da descoordenação do movimento peristáltico são dor e desconforto causado pelo acúmulo excessivo de gases. Muitas vezes, no fim do dia, o indivíduo é obrigado a abrir o cós da calça, porque sente a barriga estufada. Além disso, pode apresentar tanto intestino preso como intestino solto, ou ambos alternadamente, dependendo da irritação que as alterações da motilidade intestinal tenham provocado.

Como o distúrbio ocorre
   Quando o alimento chega ao estômago, através de hormônios e estímulos nervosos, é enviado um comando que estimula as contrações e provoca aumento na motilidade do intestino. Quanto mais longo for o período de jejum que antecedeu a alimentação, maior será o reflexo, o que normalmente ocorre pela manhã, depois de uma noite inteira de jejum.

   Na síndrome do intestino irritável, o reflexo gastrocólico e o movimento de massa estão exacerbados. Nesses casos, as manhãs são difíceis, porque aumentam os reflexos e, consequentemente, aumenta a necessidade de evacuar. Entre70% e 80% dos casos, os portadores da síndrome têm diarreia e evacuam várias vezes depois do café da manhã.

Os riscos
   Um dos problemas desse transtorno é que os sintomas são comuns aos de muitas doenças do intestino. Um deles é a alternância de obstipação e diarreia, que aparece também nos casos de câncer de intestino. Flatulência, dor, alteração na consistência das fezes podem ser sinais de doenças inflamatórias como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. 
   Caso a pessoa não busque identificar as causas do transtorno intestinal, ela corre o risco de ignorar problemas sérios e que exigem tratamento específico.

O diagnóstico
   É feito por exclusão e leva em conta os sintomas. Se a pessoa tiver menos de 50 anos, fez exames de atividade inflamatória, exames de sangue que não revelaram perda de ferro e anemia, exame de fezes para detectar se o sangue oculto é negativo, além de não existir histórico familiar de outras doenças intestinais, pode-se tentar o tratamento com drogas para intestino irritável e observar. Se não houver melhora, o paciente deve ser encaminhado para colonoscopia.

   No entanto, se ele tiver mais de 50 anos, se o exame de sangue oculto nas fezes for positivo e houver histórico familiar de outras doenças do intestino, a colonoscopia será prescrita imediatamente para excluir a possibilidade de uma doença orgânica grave.

   Dessa maneira, o diagnóstico de intestino irritável é feito ao excluirmos patologias mais graves. Se em menos de um mês o indivíduo não responder ao tratamento medicamentoso, será encaminhado para a colonoscopia.

   A colonoscopia é um exame feito com um tubo flexível e elástico que permite ver por dentro todo o intestino grosso e uma parte do intestino delgado. Apesar da abrangência desse procedimento, caso haja alguma alteração na parte do intestino delgado que o aparelho de colonoscopia não alcança, não será possível detectá-la.

   Num primeiro momento, porém, o exame dá certa tranquilidade e permite tentar o tratamento para a síndrome do intestino irritável. Caso os sintomas persistam, a investigação das causas prossegue.

   Avalia-se o intestino delgado para verificar se não existe algum problema na absorção dos alimentos ingeridos – como intolerância à lactose, por exemplo – ou existe um problema relacionado com o próprio intestino. Para tanto, pede-se um exame de raios-X de trânsito intestinal, visando examinar o intestino delgado inteiro e diagnosticar dificuldades com as enzimas pancreáticas ou a doença celíaca provocada por alergia ao glúten.

O tratamento
   A síndrome do intestino irritável é a patologia intestinal mais prevalente no mundo, até porque a tendência, hoje, é classificar a constipação crônica dessa maneira. Estima-se que 40% da população mundial  seja acometida pelo transtorno.

   Quando se é diagnosticado que o problema é, de fato, funcional e ligado à motilidade do intestino, que não ocorre de forma adequada para a progressão do bolo fecal, geralmente a pessoa fica mais tranquila, uma vez que não existem lesões e não há necessidade de ser operada.

    O objetivo do tratamento é controlar o movimento do intestino e recuperar sua coordenação motora normal, recorrendo a medicamentos e uma orientação alimentar individual.

   Alimentos ricos em fibras solúveis e insolúveis favorecem a formação adequada de um único bolo fecal. Na grande maioria das vezes, porém, a pessoa precisa também de medicação para controlar a motilidade fecal, seja pela ação de hormônios ou por ação direta na movimentação do intestino. Poucos pacientes necessitam de remédios que rompam o vínculo entre alterações emocionais e funcionamento dos intestinos.

   Fibras solúveis são as que formam e compactam o bolo fecal. Normalmente, são encontradas em polpas de frutas e em alguns cereais. Já as insolúveis formam o bolo fecal, mas não têm o poder de compactá-lo. Estas funcionam principalmente como laxantes, e estão presentes nas cascas das frutas e de cereais, além de todas as verduras. De acordo com a tendência da pessoa em apresentar constipação ou diarreia, será recomendada a ingestão de mais fibras solúveis ou mais fibras insolúveis.

   Devem ser evitados alimentos que irritem os intestinos, como condimentos picantes e produtos com excesso de conservantes e a ingestão excessiva de açúcar, principalmente pelo consumo de doces muito concentrados, como brigadeiro e leite condensado.

   Em geral, os portadores da síndrome precisam de remédio, o que não quer dizer que seja de uso crônico e contínuo, como acontece com outras doenças do intestino. Eles podem ser prescritos nas fases de maior desconforto, por não mais do que um ou dois meses.

A pessoa pode viver alguns anos sem manifestações clínicas, por fatores emocionais ou algum distúrbio na motilidade intestinal, mas pode voltar a apresentar os sintomas e ser obrigado a retomar o tratamento.