segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Dor nas costas: aprenda a respeitar sua coluna

Segundo o reumatologista José Goldenberg, oito em cada 10 pessoas sofrem ou vão sofrer de dores na coluna ao longo da vida. E isso ocorre porque poucos têm a consciência corporal necessária para manter a postura correta.

É comum ouvir as pessoas se queixarem de dor na coluna, consequente de noites mal dormidas, vícios posturais ou esforço acima do normal, entre tantos outros motivos. “Em geral, são dores passageiras. Mas, se forem intensas e repetitivas, merecem a atenção de um especialista”, esclarece.

Para facilitar a compreensão das dores e suas causas, elas são classificadas em três segmentos, correspondentes às partes da coluna, sendo elas: lombar, dorsal e cervical.

- Dor lombar: Localizada acima do quadril, está entre as dores que mais acometem o ser humano, perdendo apenas para a dor de cabeça. Atinge 80% da população adulta com menos de 45 anos. Chamada de lombalgia, afeta a coluna lombar e não é doença, mas um sintoma que pode ter mais de 50 causas diferentes.

- Dor dorsal: Consiste na parte central das costas e é menos frequente, apresentando características próprias. A dor acomete a região torácica posterior (região das costas).
- Dor cervical: Fica entre a cabeça e o tronco e é caracterizada por dor e rigidez transitória na região, tendo diversas causas diversas. Costuma se manifestar mais em idosos, profissionais que executam atividades braçais ou que adotam vícios posturais.

Há alguns fatores de risco que colaboram para causar dores na coluna:

Excesso de peso - É o maior inimigo da coluna, segundo Dr. Goldenberg. Uma pessoa que esteja 10 quilos acima do peso ideal tem também 25% mais chances de desenvolver problemas na coluna.

Sedentarismo - Vários fatores fazem dos exercícios físicos uma prática benéfica para o corpo como um todo. Entre eles: fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade e melhora da irrigação sanguínea das fibras musculares da região dorsal.

Carregar peso excessivo ou de forma desequilibrada - Bolsas ou sacolas pesadas num só lado do corpo podem agravar as dores na coluna.

Cigarro - Contem substâncias que prejudicam a circulação sanguínea. A menor irrigação dos vasos nos discos vertebrais, que protegem a coluna, faz com que esses percam a maleabilidade. Como sua função é absorver os impactos que a coluna sofre no  dia a dia, é como se ficássemos sem nosso “amortecedor” natural.

Idade - É o único fator de risco que não pode ser alterado. As pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de sofrerem de dores na coluna.

Falta de consciência corporal - Saber como se sentar ou levantar da cadeira ou da cama, como se vestir e até escovar os dentes e cortar os alimentos são orientações que previnem problemas posturais. Esse esclarecimento pode ser obtido através da reeducação postural.

Tratamentos
Muitas pessoas fazem automedicação para aliviar as dores nas costas, mas o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares pode camuflar a origem do problema. Dessa maneira, é imprescindível a avaliação de um especialista para identificação da gravidade do quadro e a definição do tratamento mais indicado.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Medidas simples para evitar crises de refluxo


Uma sensação de que a comida não caiu bem no estômago e que quer pegar o caminho de volta, acompanhada de azia e queimação, são sintomas de refluxo gastroesofágico, um problema digestivo que acomete 20% dos brasileiros.

O refluxo se manifesta quando uma válvula chamada esfíncter, que tem a função de impedir que o suco gástrico vá para o esôfago, não funciona corretamente e abre sem necessidade. Parte da comida e do suco gástrico pode voltar ao esôfago e causar queimação.

De acordo com o gastroenterologista Joaquim Prado Moraes Filho, professor-livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ainda não se sabe por que o esfíncter não exerce corretamente sua função. "O que sabemos é que a genética é um fator importante para o aparecimento do problema", diz.

Sintomas
Além de azia e da sensação de que a comida está voltando para a boca, o refluxo pode apresentar outros sintomas. "O suco gástrico pode ir para o pulmão, por exemplo, e causar asma, tosse seca e soluço", diz Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Também pode haver problemas odontológicos por causa da acidez do suco gástrico. Um exemplo é a perda da dentina, camada interna que envolve o nervo, o que leva à sensibilidade dos dentes.

Se não tratado, o refluxo prejudica a qualidade de vida da pessoa, porque dores e azia tendem a piorar com o tempo. Além disso, sem tratamento, o problema pode evoluir para a esofagite, caracterizada por machucados no esôfago, ou para o chamado Esôfago de Barret, uma alteração no tecido do órgão que causa câncer.

Tratamento
O tratamento farmacológico pode ser feito pontual ou cronicamente, de acordo com a gravidade da esofagite. "O tratamento com medicamentos é baseado em drogas que diminuem a secreção de ácido no estômago e nos pró-cinéticos, que aceleram o esvaziamento gástrico e tendem a contrair o esfíncter, dificultando a sua abertura sem necessidade", diz o gastroenterologista Giovanni Faria Silva, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Nos casos mais graves, uma cirurgia pode fazer o esfíncter voltar a funcionar corretamente.

Prevenção
Evite alimentos gordurosos e doces – Como eles são digeridos mais lentamente pelo estômago, o processo aumenta a pressão dentro do órgão e força a abertura da válvula que separa o estômago do esôfago, o esfíncter. “Comidas com muita gordura também tendem a relaxar o esfíncter e fazer com que ele abra mais do que o normal, aumentando o risco do suco gástrico ir para o esôfago”, diz com o gastroenterologista Joaquim. Essa abertura ocorre também com a ingestão de doces.

Corte ou consuma refrigerantes moderadamente - O gás das bebidas gasosas relaxa o esfíncter e faz com que ele se abra sem necessidade, facilitando a saída do suco gástrico para o esôfago. “As bebidas à base de cola são as que mais relaxam o esfíncter”, diz o gastroenterologista Giovanni.

Não exagere nas refeições - Comer muito em uma só refeição faz com que o estômago tenha mais alimento para digerir. Consequentemente, o órgão se distende, o que leva ao aumento de pressão e à abertura do esfíncter.

Coma sem pressa - Segundo o gastroenterologista Joaquim, quando uma pessoa come rápido, ela engole ar junto com a comida. “O ar ingerido aumenta a pressão dentro do estômago e faz com que o esfíncter se abra sem necessidade”, diz. Por isso, o ideal é mastigar bem os alimentos e comer sem pressa.

Mantenha o peso - O sobrepeso e a obesidade aumentam a pressão no abdômen e no estômago. Com isso, o esfíncter se abre de maneira equivocada e o suco gástrico vai para o esôfago, causando o refluxo.

Não fume - “Substâncias presentes no cigarro, como o tabaco, estimulam a produção de suco gástrico e alteram o funcionamento do esfíncter. Esses dois fatores juntos contribuem, e muito, para que o conteúdo do estômago vá para o esôfago”, explica gastroenterologista Ricardo Barbuti.


Não durma até duas horas após a última refeição - Quando nos deitamos, a pressão dentro do abdômen aumenta naturalmente — e a pressão do estômago também. Se uma pessoa que tem tendência ao refluxo vai dormir com a barriga cheia, o risco de o alimento que está no estômago ir para o esôfago é maior. Por isso, é preciso esperar que parte da comida tenha sido digerida antes de se deitar.
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FONTE: VEJA

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Tuberculose está entre maiores causas de morte no mundo


Por ano são registrados 9,6 mil novos casos de tuberculose no mundo. Apenas em 2014, 1,5 milhão de pessoas morreram em razão da doença. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose já divide a liderança com a AIDS e desponta como a maior causa de mortes no mundo.

Entre os novos casos registrados no mundo, 54% deles estão na China, Indonésia, Nigéria e Paquistão. O Brasil fica entre os 22 países considerados de “alta incidência” da doença. No ano passado, 81 novos casos foram detectados por aqui.

Segundo a OMS, os novos remédios, tecnologia para o diagnóstico e uma maior atenção dos governos para a doença conseguiram salvar 43 milhões de vidas no período entre 2003 e 2015. Por ano, houve uma redução de 1,5% da incidência da tuberculose. Durante todo o período, a queda foi de 18%.

Ainda assim, a Organização alerta que são necessários mais investimentos para a criação de uma vacina para tuberculose. "Existem avanços. Mas, se o mundo quer colocar um fim a essa epidemia,  é preciso investir em pesquisa e aumentar os serviços", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Um dos maiores desafios hoje é detectar todos os casos de tuberculose. Segundo estimativas, 37% dos casos não são diagnosticados ou não são informados ao sistema de saúde. Além disso, há falta de tratamento para todos os infectados.

Sintomas

A tubertculose é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões do doente. Ainda assim, ela também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.

Os sintomas mais frequentemente descritos são:

- Cansaço excessivo;
- Tosse seca e contínua no início, e com presença de secreção após quatro semanas. Na maioria das vezes, ela se transforma posteriormente em uma tosse com pus ou sangue;
- Febre baixa, geralmente à tarde;
- Falta de apetite;
- Sudorese noturna;
- Palidez;
- Emagrecimento acentuado;
- Fraqueza;
- Rouquidão
- Prostração.

Além disso, casos mais graves podem também apresentar dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue; acúmulo de pus na pleura, podendo ocorrer dor torácica e colapso do pulmão.

Vale lembrar que a tuberculose tem transmissão direta e que, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão da doença.
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FONTE: TA CERTO