segunda-feira, 18 de abril de 2016

Perda auditiva entre jovens é cada vez maior

 A deficiência auditiva, que tem uma forte relação com a idade, é crescente entre os jovens.

 Um terço dos idosos com mais de 65 anos sofre de problema auditivo, além de metade daqueles com mais de 75 anos. A poluição sonora, especialmente por equipamentos de som, está entre um dos principais motivos para que um problema natural do envelhecimento apareça cada vez mais cedo:

- Hoje, o jovem usa aqueles fones enormes, com um som de alta qualidade, mas que tem um ruído industrial. O uso prolongado vai lesionando o ouvido. Já estamos vendo jovens com menos de 30 anos com uma perda auditiva que se esperaria aos 60 anos. Eles estão antecipando o problema por exposição prolongada ao som alto do fone. Temos pacientes que usam fone dez, 12 horas por dia - alertou o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro.

Segundo o especialista, estudos realizados pela Academia Brasileira de Otorrinolaringologia, pela Sociedade Brasileira de Otologia e até mesmo pela Santa Casa já mostram a perda auditiva entre adolescentes usuários de fones de ouvido. Alguns estudos internacionais também apontam para a mesma direção. Um artigo publicado no “International Journal of Pediatrics” demonstra uma preocupação sobre os riscos de traumas auditivos em crianças pelo uso de sons amplificados, com uso de MP3 player, videogame e outros dispostivos. Outra pesquisa recente, realizada pelo Departamento de Saúde da Cidade de Nova York, mostrou que uma em cada quatro pessoas entre 18 e 44 anos que costumavam ouvir som alto com fone de ouvido teve problemas de audição.

Dr. Jair ressalta que a deficiência auditiva nesses casos demora a se manifestar.
- Leva de dois a cinco anos. Mas depois que a perda se instala, a velocidade da perda é maior, e, infelizmente, é irreversível. Muitas vezes acompanhada de zumbido - acrescenta.

No Brasil, segundo o Censo 2010, 8,6% da população, ou 9 milhões de pessoas, têm algum problema auditivo. Estima-se que 60% destes sejam idosos.

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FONTE: O GLOBO

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Tuberculose extrapulmonar: perguntas mais comuns e respostas

Embora o único meio de contaminação seja por meio das vias aéreas, a bactéria que causa a doença pode sair dos pulmões e entrar na corrente sanguínea, infectando outros órgãos. 
Entenda mais sobre a doença:

Tuberculose pode afetar qualquer órgão?
Sim. Quando uma pessoa é infectada, o bacilo pode se alojar em qualquer área do corpo pela corrente sanguínea. A tuberculose extrapulmonar atinge com mais frequência pacientes com dificuldade em conter a infecção, como recém-nascidos, pacientes com AIDS e pessoas com imunodeficiência. 

Quais são os tipos mais comuns de tuberculose extrapulmonar?
Segundo a infectologista Sumire Sakabe, uma das formas mais frequentes de tuberculose fora do pulmão é a ganglionar, que acomete principalmente os linfonodos - órgãos do sistema linfático - próximos ao pescoço. "Quando acometidos pela doença, eles aumentam de tamanho e, em alguns casos, podem formar pus", explica. Outros órgãos comumente acometidos pela tuberculose são ossos, olhos, pele, sistema nervoso central e sistemas urinário e reprodutor. 

Os sintomas são iguais aos da tuberculose pulmonar?
Existem alguns sintomas que são comuns em todas as manifestações de tuberculose: febre no final da tarde, sudorese noturna, perda de apetite e cansaço. Os demais sinais irão variar conforme o órgão afetado. Por isso, é importante procurar um médico sempre que a pessoa perceber os sintomas típicos da doença associados a qualquer outra alteração no seu organismo. 
"Uma pessoa com tuberculose no sistema nervoso poderá ter convulsões, paralisia de algum membro ou até entrar em coma", exemplifica o infectologista Marcelo Mendonça. "Já alguém com tuberculose renal poderá urinar sangue e ter dor na região lombar."

Como é feito o diagnóstico?
Quando há suspeita de tuberculose extrapulmonar, o médico faz uma biópsia do local, que consiste na retirada de uma parte do tecido doente para análise das células. "Isso mostrará danos no tecido que podem levar ao diagnóstico da doença ou descartar essa possibilidade", diz a infectologista Sumire. 
Feita a coleta do tecido, o médico usará um microscópio para procurar o bacilo da tuberculose e, caso não encontre em um primeiro momento, irá cultivar o tecido em meio propício para o desenvolvimento da bactéria, a fim de que ela se multiplique e seja possível identificá-la. Exames de raio-x, tomografia e ressonância podem auxiliar no diagnóstico e ajudam a identificar com mais propriedade apenas alguns tipos de tuberculose, como a renal e a cerebral. 

O tratamento é igual para todos os tipos de tuberculose?
No geral, a doença é combatida em fases e exige o mesmo o tratamento em todas as suas formas, com seis meses de duração ao todo. 
Para formas graves, como tuberculose no sistema nervoso, o período de recuperação pode ser mais longo, durando até nove meses. 
Esse tratamento é fornecido gratuitamente pelo SUS. "Ele deve ser diário e regular para que a doença seja completamente eliminada", diz Sumire Sakabe. Segundo a infectologista, quando o tratamento é interrompido, o bacilo cria resistência ao medicamento, o que dificulta a cura e agrava a situação do paciente. 

Uma pessoa pode ter mais de um tipo de tuberculose?
Sim, qualquer pessoa pode ser infectada mais de uma vez e pode, inclusive, ter a doença em diversas partes do corpo simultaneamente. Segundo Marcelo Ferreira, esse tipo de infecção se chama tuberculose miliar e acontece quando o bacilo viaja para diferentes partes do corpo por meio do sangue. Nesses casos, o tratamento é prolongado e requer cuidados mais específicos, como fortalecimento da imunidade e outras medidas tópicas para cada órgão afetado. "A tuberculose também pode reaparecer em um indivíduo que já teve a doença, seja por não ter sido tratada adequadamente ou por uma nova infecção", acrescenta. 

Uma pessoa com tuberculose extrapulmonar pode transmitir a doença?
Não. A doença só pode ser transmitida pelas vias aéreas, seja pelo ar ou por contato com mucosas infectadas. Uma pessoa que não tenha o bacilo alojado em seu pulmão não poderá expeli-lo na tosse, saliva ou muco. "Um paciente que não tenha tuberculose pulmonar sequer apresentará tosse ou qualquer outro sintoma relacionado ao sistema respiratório", explica Marcelo Mendonça. De acordo com ele, a tuberculose na laringe também tem chance de ser transmitida, mas em casos isolados.
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FONTE: MINHA VIDA

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Trombose: por que ela ocorre e como evitar?


Quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouco e para, porque o corpo humano é dotado de um sistema de coagulação altamente eficaz. As plaquetas, por exemplo, convergem para o local do ferimento e formam um trombo (coágulo) para bloquear o sangramento. Depois de algum tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.

Há pessoas que apresentam distúrbios de hemostasia e formam trombos num lugar onde não houve sangramento. Em geral, eles se formam nos membros inferiores. Como sua estrutura é sólida e amolecida, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação grave que pode causar morte súbita.

Sintomas
A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar sintomas como dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada, além do endurecimento da pele.

Fatores de risco
Predisposição genética, idade avançada, colesterol elevado, cirurgias e internações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo, falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose.

Tratamento
Existem medicamentos para reduzir a viscosidade do sangue e dissolver o coágulo (anticoagulantes) que ajudam a diminuir o risco, evitando a ocorrência de novos episódios e o aparecimento de sequelas. No entanto, eles devem ser somente mediante prescrição médica, após criteriosa avaliação do caso clínico.

Massageadores pneumáticos intermitentes também podem ser usados nesses casos.

Recomendações
- Procure um médico para saber se você pertence ao grupo de risco, porque existem medidas preventivas que podem e devem ser adotadas;

- Pare de fumar. Os componentes do cigarro lesam veias e artérias;

- Beba álcool com moderação;

- Movimente-se. Mesmo o ato de massagear a panturrilha pressionando-a de baixo para cima ajuda muito;

- Ande sempre que possível, se você trabalha muitas horas sentado(a);

- Use meias elásticas compressoras, sobretudo se você tem varizes;

- Não se automedique. Procure assistência médica imediatamente se apresentar algum sintoma que possa sugerir a formação de um trombo.

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