segunda-feira, 20 de abril de 2015

O que é Osteoporose?

Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete todos os ossos. A prevalência da osteoporose, acompanhada da morbidade e mortalidade de suas fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se que com o envelhecimento populacional na América Latina, o ano de 2050, quando comparado a 1950, terá um crescimento de 400% no número de fraturas de quadril para homens e mulheres entre 50 e 60 anos, e próximo de 700% nas idades superiores a 65 anos. Estima-se que a proporção da osteoporose para homens e mulheres seja de seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos e duas para um acima de 60 anos. Aproximadamente uma em cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.
Como qualquer outro tecido do nosso corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa manter-se saudável, e isso acontece mediante a remodelação do osso velho em osso novo. A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente, ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo - em alguns casos, podem ocorrer as duas coisas. Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos e finos, sujeitos a fraturas.

Causas
Nós temos no corpo células responsáveis pela formação óssea e outras pela reabsorção óssea. O tecido ósseo vai envelhecendo com o passar do tempo, assim como todas as outras células do nosso corpo. O tecido ósseo velho é destruído pelas células chamadas osteoclastos e criados pelas células reconstrutoras, os osteoblastos. Esse processo de destruição das células é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, pois o corpo passa a absorver mais osso do que produzir ou então não produzir o suficiente. Alguns problemas podem interferir na formação dos ossos:
Deficiência de cálcio
O cálcio é um mineral essencial à formação normal dos ossos. Durante a juventude, o corpo usa o mineral para produzir o esqueleto. Além disso, o osso é o nosso principal reservatório de cálcio, e é ele quem fornece esse nutriente para outras funções do corpo, como o funcionamento cardíaco. Quando o metabolismo do osso está em equilíbrio, ele retira e repõe o cálcio dos ossos sem comprometer essa estrutura. Esses nutrientes são obtidos por meio da alimentação, por isso, se a ingestão de cálcio não é suficiente, ou então o organismo não está conseguindo absorver esse cálcio ingerido, a produção de ossos e tecidos ósseos pode ser afetada, não havendo nutrientes suficientes para produzir o esqueleto e suprir toda a demanda de cálcio do resto do corpo. Dessa forma, a ingestão insuficiente ou a má absorção desses nutrientes pode ser uma das causas da osteoporose.
Envelhecimento e menopausa
Cerda de 80% dos pacientes com osteoporose a tem associada ao envelhecimento ou menopausa. No caso do envelhecimento, é necessário entender que os ossos crescem somente até os 20 anos, e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. Isso quer dizer que até os 35 há um equilíbrio entre processos de reabsorção e criação dos ossos, e a partir dessa idade a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento. Caso o indivíduo não tenha criado um "estoque" de densidade óssea suficiente para suprir esse aumento gradativo da reabsorção, os ossos vão ficando mais frágeis e quebradiços, podendo levar à osteoporose.

Enquanto a mulher está em período fértil (menstruando) existe a produção acentuada do hormônio estrogênio. Quando abundante no corpo da mulher, o estrogênio retarda a reabsorção do osso, reduzindo a perda, além de ser responsável pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo para o fortalecimento do esqueleto. Em contrapartida, a mulher durante e após a menopausa tem uma produção muito reduzida de estrogênio, uma vez que ele não é mais necessário para o ciclo menstrual. O hipoestrogenismo irá contribuir para a perda de massa óssea mais acelerada, principalmente nos primeiros anos da pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa pode ser um gatilho para a osteoporose.
Em homens, baixos níveis de testosterona (hipogonadismo) também podem favorecer a osteoporose, uma vez que este hormônio entra na formação do tecido ósseo.
Fatores de risco
- Mulheres e homens orientais correm mais risco de sofrer fraturas pela osteoporose, por um problema anatômico no fêmur
- História familiar de osteoporose
- História prévia de fratura por trauma mínimo ou imobilização
- Tabagismo e alcoolismo
- Baixa atividade física
- Baixa ingestão de cálcio
- Baixa exposição solar
- Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período
- Baixo peso corporal.
Sintomas de Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma e se expressa por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:
- Dor ou sensibilidade óssea
- Diminuição de estatura com o passar do tempo
- Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
- Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
- Postura encurvada ou cifótica.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ressonância magnética: o que é?

Qual seria a melhor maneira de visualizar o interior do corpo humano? Abri-lo, não é verdade? Mas isso não é mais necessário. Conectado a um computador, o aparelho de ressonância magnética fornece “fotografias” tão nítidas do interior do corpo que permitem ao médico ter uma excelente visão dele. Além disso, é possível desmembrar e fornecer imagens de cada uma dessas “fatias”. Assim, a ressonância magnética tornou-se o mais moderno e o mais perfeito exame de diagnóstico por imagem, fornecendo imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético. Ela consegue detectar anomalias que os exames anteriores não conseguiam, além de fornecer imagens mais detalhadas que as que se consegue com outros métodos de exame. O aparelho em que o exame é feito consta de um tubo circundado por um grande imã, no interior do qual é produzido um potente campo magnético.
Geralmente o exame não exige nenhum preparo prévio (às vezes, de acordo com o exame a ser realizado, pode ser solicitado um jejum de 4 a 6 horas) e tão logo terminado o procedimento, o paciente pode retomar suas atividades normais. Não é necessário interromper qualquer medicação que o paciente esteja tomando.
Como Funciona?
A pessoa que passa pelo exame de ressonância magnética deita-se numa maca e é orientada a ficar imóvel, enquanto, por deslizamento, entra no aparelho. Como os movimentos impossibilitam a captação de imagens precisas, as crianças e os pacientes que não tenham fobias as vezes necessitam ser sedados antes do exame.
O exame pode durar de 15 minutos até mais de uma hora, dependendo do objetivo. A ressonância magnética não utiliza radiação, porém uma vez que o aparelho gera um potente campo magnético (10.000 vezes maior que o campo magnético da terra), é preciso tomar certos cuidados. Pequenos objetos metálicos podem se transformar em projéteis ao serem atraídos pelo campo magnético da ressonância. Mesmo objetos grandes e pesados, como estantes e bancos presentes na sala, podem ser atraídos. O fato de ser submetido a esse campo magnético não acarreta nenhum dano biológico ao ser humano, mas o técnico ou o médico que realiza a ressonância magnética deve dar aos pacientes instruções detalhadas, entre elas:
- O paciente deve ir ao banheiro antes do exame para que não experimente nenhuma urgência durante o mesmo, que pode durar um período longo.

- O paciente não deve se mexer durante todo o exame, mas pode se comunicar com o médico para pedir ou receber instruções ou relatar o que estiver sentindo.

- A ressonância é um procedimento ruidoso. O paciente deve usar um protetor ou fone de ouvidos, geralmente oferecido pela instituição que faz o exame.

- Alguns pacientes com perfil fóbico podem se sentir incomodados no interior do tubo de ressonância magnética ou mesmo se recusarem a entrar nele. Em casos mais intensos, ele pode optar por um aparelho aberto ou ser submetido a uma sedação rápida.

- A roupa usada no exame não pode conter metais (como botões e fivelas). Assim como alfinetes, grampos de cabelo e zíper de metal que podem distorcer as imagens do exame também devem ser retirados.

- Aparelhos e objetos como cartões de crédito, relógios, óculos, aparelhos de surdez, celulares, próteses ortodônticas móveis e piercings devem ser retirados, mas aparelhos ortodônticos fixos não representam riscos para o paciente, embora possam prejudicar a qualidade das imagens.

- Antes do exame devem ser informados ao médico, para que ele decida sobre a possibilidade ou não do exame, o uso de clipes de aneurismas cerebrais, marca- passos cardíacos, prótese coclear, fragmentos de metal no corpo, implantes oculares etc.


- Por medida de segurança, mulheres grávidas só devem se submeter ao exame depois da 12ª semana de gravidez. Não são conhecidos malefícios para a mãe ou para o feto mesmo nas ressonâncias realizadas antes desse período.

- O limite de peso para o exame é de 160 quilos.


- Em alguns exames vasculares é necessária a aplicação de um contraste venoso (gadolídeo), geralmente inócuo.

Fonte: ABCMed
 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Aprenda a manter a saúde em dia. Uma dica do Susga para você, mulher

Aproveitando que recentemente tivemos o dia das mulheres o SUSGA lembra que alguns cuidados preventivos são a melhor forma de manter a saúde das mulheres em dia. É preciso visitar um ginecologista pelo menos uma vez por ano depois da primeira menstruação. Além da consulta periódica com o especialista, adotar hábitos saudáveis e manter os exames em dia desde a primeira relação sexual até o período da pós-menopausa é fundamental para proteger a saúde em geral. Conheça os principais exames que toda mulher deve fazer. 

Exames de rotina

Há alguns exames de rotina que devem marcar presença durante toda a vida da mulher: glicemia; colesterol total e suas frações; triglicerídeos; creatina (avaliação da função renal); TGO e TGP (avaliação da função hepática); hemograma e exame de urina. Independentemente da idade, todos os especialistas reforçam que a consulta rotineira ao ginecologista é fundamental.

Principais exames que devem ser realizados depois dos 30 anos

Doenças relacionadas ao aparelho genital feminino ainda são o foco em mulheres com idade entre 30 e 40 anos. Portanto, colpocitologia oncótica, colposcopia e ultrassonografia devem ser mantidos na rotina. O rastreamento do câncer de mama, com exame clínico e mamografia, também pode ser necessário em mulheres com histórico na família. Mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram a doença antes dos 50 anos ou que tiveram câncer bilateral de mama ou ovário em qualquer idade já devem começar com os exames nessa fase. 

Além desses cuidados, profissionais recomendam atenção especial à tireoide, glândula na região do pescoço que produz hormônios importantes para a saúde feminina. A ocorrência do câncer de tireoide é 30% maior em mulheres do que em homens, por esse motivo, é recomendável que as mulheres fiquem atentas ao surgimento de nódulos no pescoço, em especial aquelas que apresentam casos da doença na família.



Cuidado com o câncer de mama

A partir dos 40 anos, os cuidados se voltam para o câncer de mama, que ficam mais comuns nessa fase. Os 40 anos são um marco, pois, nessa idade, a mamografia passa a fazer parte do checkup feminino.  Também é importante acrescentar uma avaliação cardiológica nessa fase, já que ocorrem alterações hormonais que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. O hipotireoidismo pode afetar com mais frequência, portanto, uma análise dos hormônios tireoidianos deve ser realizada, associado ao ultrassom de tireoide.

Atenção redobrada na menopausa

Com a chegada da menopausa, aumentam as chances de a osteoporose se instalar – e a densitometria óssea se torna ainda mais importante – bem como o risco de desenvolver doenças cardíacas. Por isso, também é preciso cuidado redobrado com o coração. Nessa fase, as chances de um câncer se reproduzir passam a ser maiores; os cânceres de mama, cólon e colo uterino são os mais comuns.

Exames que devem ser realizados após os 60 anos



Cuidados com a osteoporose devem ser intensificados após os 60 anos, com a realização periódica da densitometria óssea. Além disso, a ida ao cardiologista para a prevenção da hipertensão arterial e de doenças do coração deve ser uma regra. Os demais exames, como dosagem do colesterol, glicemia, cálcio e hemograma, também não podem deixar de ser realizados.

Fonte: Segs