Uma
criança inquieta, que na escola mal para sentada na cadeira, é uma forte
candidata a receber um diagnóstico comum no Brasil: Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH), tratado, na maioria dos casos, com remédios
tarja preta. Esse tempo passou?
Não que o TDAH tenha saído da agenda dos
profissionais da educação ou da rotina dos pais desesperados por uma cura para
o "mau comportamento" dos filhos. O que aconteceu foi que começaram a surgir
alternativas aos medicamentos, que apresentam efeitos colaterais fortes, como
taquicardia e insônia.
A modernização das terapias para exercitar o cérebro, como o método
Neurofeedback, tem apontado outro caminho possível para "medicar" de
forma natural quem tem o transtorno.
A
proposta do Neurofeedback, que teve sua origem no Japão, é treinar o intelecto
para que o paciente consiga sustentar um determinado esforço mental por mais
tempo. Ou seja, se a intenção dele for fazer uma tarefa inteira em sala de
aula, com os meses de prática o cérebro vai saber como atingir esse objetivo.
Chega a um ponto em que o raciocínio passa a se manter estável, evitando
interrupções seguidas, como ocorre com quem tem TDAH.
Para
alcançar um bom nível de concentração, no treinamento do Neurofeedback a
criança fica conectada a um computador. As ondas cerebrais são medidas com
ajuda de eletrodos. Quando o software detecta desatenção, imediatamente envia
um sinal. Ao longo de dezenas de sessões, o jovem aprende a se controlar. Em geral os resultados do
Neurofeedbacksão percebidos a
partir da décima segunda sessão. A pessoa melhora o foco, reduz a ansiedade e
entende melhor suas emoções.
O que diz a OMS?

No
Brasil, algumas escolas já aplicam os direitos do Estatuto da Criança e do
Adolescente nos casos de TDAH. Um jovem com o distúrbio pode ter condições
especiais para fazer uma prova, ou solicitar assistência especializada na
rotina escolar, como já acontece com quem sofre de autismo.
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