Um dia depois de
noticiar no Jornal Nacional os dados sobre o câncer de mama no Brasil, a
jornalista Elaine Bast protagonizou uma infeliz coincidência. Ao receber o
resultado da mamografia de rotina que havia feitos semanas antes, o diagnóstico:
ela estava com câncer de mama e os nódulos eram malignos.
Em depoimento ao site ‘Notícias da TV’, a jornalista contou
como foi receber essa notícia e falou sobre a importância dos exames e do apoio
de médicos, amigos e familiares.
Soube em novembro que
precisava retirar a mama esquerda por causa de três tumores descobertos em um
checkup de rotina. Não tinha nódulos aparentes, não sentia dores, enfim, nada
diferente. Soube do resultado exatamente um dia após fazer uma matéria para o
Jornal Nacional sobre o assunto. O VT [videotape] era sobre um estudo que
falava sobre a importância dos exames preventivos para a detecção precoce do
câncer de mama.
A personagem que
entrevistei, de apenas 35 anos, havia terminado a quimioterapia quando a
encontrei. E foi uma das pessoas que me ajudaram muito psicologicamente nesse
processo.
Tenho 42 anos, dois
filhos pequenos, amamentei, não há histórico na minha família de câncer de
mama. Não esperava passar por isso. Tive muita sorte em ter descoberto logo no
início. Apesar de todos os avanços da medicina nessa área, a palavra 'câncer'
dá sempre muito medo. Mas aprendi que ela não é uma sentença de morte. Retirei
toda a mama esquerda e decidi também retirar à direita preventivamente. Não
consigo deixar de pensar que realmente tive muita sorte. Não só por ter
descoberto no início, mas porque pude fazer a reconstrução das mamas na mesma
cirurgia. Não precisei ver meu corpo mutilado.
Tive apoio muito
importante da minha família, dos meus amigos, dos meus colegas de trabalho.
Eles ajudaram a cuidar da minha alma. E os médicos, a cuidar da minha saúde.
Difícil ler notícias
sobre mulheres que morrem porque tiveram diagnóstico tardio desse câncer. Seja
porque, de tão atarefadas, se esquecem delas mesmas e deixam de fazer os exames
de rotina, seja porque não conseguem agendar consulta ginecológica no sistema
público e realizar os exames. Uma doença que tem chance altíssima de cura se
for tratada do início. Graças ao diagnóstico precoce, o câncer não parou a
minha vida. Eu continuo a minha história. Depois da cirurgia e do tratamento,
volto ao trabalho em meados deste mês. - contou ao site.
-
FONTE: BOLSA DE MULHER
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