quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Energéticos e suplementos alimentares podem aumentar risco de arritmias cardíacas


Uso de energéticos e suplementos para atividade física pode alterar o batimento cardíaco. Apesar de apresentarem objetivos diferentes, esses produtos podem ser consumidos por qualquer pessoa e em doses não controladas.

Os energéticos geralmente são estimulantes produzidos à base de derivados da cafeína e da taurina. Essas substâncias são encontradas em cafés, chás, refrigerantes de cola e guaraná, mas em doses menores. Algumas latas de energéticos chegam a apresentar a concentração de 10 a 15 xícaras de café preto. A cafeína, além de manter a pessoa mais "desperta", também facilita o aparecimento de algumas arritmias cardíacas, como palpitações e extrassístoles. Embora a maioria da população não apresente essas doenças, as estatísticas não devem ‘despreocupar’ os consumidores mais assíduos dessas bebidas.

Além disso, o consumo regular desses estimulantes eleva discretamente a pressão arterial e, caso a pessoa apresente algumas arritmias ainda não descoberta (afinal de contas, o exame de eletrocardiograma não é muito comum em pessoas com menos de 50 anos), sintomas como desmaios e até parada cardíaca podem ocorrer.

Os suplementos são uma coisa a parte. Alguns deles são feitos com reposição de aminoácidos e proteínas em doses muito acima do que uma dieta saudável pode trazer. Na maioria das vezes, o corpo consegue aproveitar o que entra e expelir o excesso, geralmente pelo rim. Então, salvo uma sobrecarga renal (que, quando associada a muitos líquidos, passa despercebida), os danos não são importantes.

Os queimadores de gordura, também conhecidos como ‘fat burners’, merecem uma atenção especial. Geralmente associados a suplementos, eles são aceleradores do metabolismo, feitos à base de anfetamina, droga comprovadamente relacionada a mortes por arritmia, ou piora de função hepática e de pressão arterial.

Tanto os fat burners quanto os suplementos importados (que não usam a chancela da ANVISA) são encontrados no mercado com facilidade. Cabe alertar que nos outros países não há uma regulamentação rígida sobre presença de substâncias não listadas no rótulo.
Com isso, os produtores de suplementos inserem anabolizantes em baixas doses entre os ingredientes e não disponibilizam essa informação. O resultado superior em ganho de massa de alguns "importados" pode vir daí. E os efeitos colaterais (dentre eles, impotência, queda de cabelo, espinhas, lesão hepática e problemas graves de colesterol) aparecem depois do uso contínuo.

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FONTE: MINHA VIDA

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