Segundo o reumatologista José Goldenberg, oito em cada 10 pessoas sofrem ou vão sofrer de dores na coluna ao longo da vida. E isso ocorre porque poucos têm a consciência corporal necessária para manter a postura correta.
É comum ouvir as pessoas se queixarem de dor na coluna, consequente de noites mal dormidas, vícios posturais ou esforço acima do normal, entre tantos outros motivos. “Em geral, são dores passageiras. Mas, se forem intensas e repetitivas, merecem a atenção de um especialista”, esclarece.
Para facilitar a compreensão das dores e suas causas, elas são classificadas em três segmentos, correspondentes às partes da coluna, sendo elas: lombar, dorsal e cervical.
- Dor lombar: Localizada acima do quadril, está entre as dores que mais acometem o ser humano, perdendo apenas para a dor de cabeça. Atinge 80% da população adulta com menos de 45 anos. Chamada de lombalgia, afeta a coluna lombar e não é doença, mas um sintoma que pode ter mais de 50 causas diferentes.
- Dor dorsal: Consiste na parte central das costas e é menos frequente, apresentando características próprias. A dor acomete a região torácica posterior (região das costas).
- Dor cervical: Fica entre a cabeça e o tronco e é caracterizada por dor e rigidez transitória na região, tendo diversas causas diversas. Costuma se manifestar mais em idosos, profissionais que executam atividades braçais ou que adotam vícios posturais.
Há alguns fatores de risco que colaboram para causar dores na coluna:
Excesso de peso - É o maior inimigo da coluna, segundo Dr. Goldenberg. Uma pessoa que esteja 10 quilos acima do peso ideal tem também 25% mais chances de desenvolver problemas na coluna.
Sedentarismo - Vários fatores fazem dos exercícios físicos uma prática benéfica para o corpo como um todo. Entre eles: fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade e melhora da irrigação sanguínea das fibras musculares da região dorsal.
Carregar peso excessivo ou de forma desequilibrada - Bolsas ou sacolas pesadas num só lado do corpo podem agravar as dores na coluna.
Cigarro - Contem substâncias que prejudicam a circulação sanguínea. A menor irrigação dos vasos nos discos vertebrais, que protegem a coluna, faz com que esses percam a maleabilidade. Como sua função é absorver os impactos que a coluna sofre no dia a dia, é como se ficássemos sem nosso “amortecedor” natural.
Idade - É o único fator de risco que não pode ser alterado. As pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de sofrerem de dores na coluna.
Falta de consciência corporal - Saber como se sentar ou levantar da cadeira ou da cama, como se vestir e até escovar os dentes e cortar os alimentos são orientações que previnem problemas posturais. Esse esclarecimento pode ser obtido através da reeducação postural.
Tratamentos
Muitas pessoas fazem automedicação para aliviar as dores nas costas, mas o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares pode camuflar a origem do problema. Dessa maneira, é imprescindível a avaliação de um especialista para identificação da gravidade do quadro e a definição do tratamento mais indicado.
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FONTE: HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
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