Conceitualmente, a Medicina Fetal
é considerada uma especialização da Obstetrícia, reconhecida no Brasil pela
FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia), contudo envolve profissionais de diferentes áreas,
sobretudo profissionais de Radiologia, pois inclui os diagnósticos por
imagem. O objetivo da área consiste no acompanhamento detalhado do binômio
materno-fetal, em busca do diagnóstico e tratamento de anomalias que possam
ocorrer no período gestacional.
A Medicina Fetal tem um histórico que remete aos anos 70, quando a
prática do rastreamento de síndromes ganhou força em escala mundial. A partir do
desenvolvimento dos equipamentos de ultrassonografia, modernização das
técnicas e novas fronteiras científicas, a Medicina Fetal cresceu ainda mais. O
ultrassom, método não invasivo, tornou-se uma ferramenta imprescindível para o
acompanhamento gestacional.
São inúmeras as patologias que podem ser prevenidas e tratadas ainda
durante a gestação. As mais comuns incluem: hérnia diafragmática, anemia fetal,
obstrução urinária, Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STTF) e vários
tipos de cardiopatias.
No tratamento da hérnia
diafragmática, por exemplo, é utilizado um balão traqueal, posicionado de foram
semelhante a uma entubação por meio de fetoscopia, que expande o pulmão do
feto. Quando ocorre a anemia fetal, uma das opções terapêuticas inclui a
transfusão para o bebê por meio de cordocentese guiada por ultrassonograia. Já
a STTF, na qual os gêmeos compartilham parte da circulação da mesma placenta, a
técnica aplicada pode incluir a laserterapia também guiada por fetoscopia.
Os exames que podem ser
utilizados para verificar anomalias no feto durante o período gestacional são:
Ultrassonografia 3D/4D, Ultrassonografia Morfológica Do Primeiro Trimestre,
Ultrassonografia Morfológica do Segundo Trimestre, Ultrassonografia
Transvaginal, Amniocentese, Cordocentese, Amostra Do Vilo Corial,
Cardiotocografia, Dopplerfluxometria, Ecocardiografia Fetal, Perfil Biofísico
Fetal, Rastreio De Fatores De Risco Para Trabalho De Parto Prematuro.
Já os tratamentos são os
seguintes: Terapêutica fetal medicamentosa, Transfusão intra-útero e
amnioinfusão. Já a cirurgia fetal pode ser dividida nas seguintes especialidades:
Amnioredução, Derivações intra-uterinas, Derivação ventrículo-amniótica,
Derivação tóraco-amniótica e Cirurgia fetal endoscópica.
Fonte: InfoEscola
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