Grande parte dos nódulos não causa alterações hormonais e
não necessita de tratamento, mas sim de acompanhamento.
A tireoide é uma glândula
localizada inferiormente na face anterior do pescoço e é responsável
principalmente pela produção de hormônios que regulam o metabolismo (ganho e
gasto de energia) do corpo. O surgimento de nódulos nesta glândula é muito
comum em mulheres e a chance de tê-los aumenta com a idade. A deficiência de
iodo na dieta é uma causa, embora a maioria não tenha um agente determinado.
Nas últimas décadas, houve aumento na
detecção do nódulo tireoidiano por causa do maior uso da ultrassonografia e de
outros exames da região cervical, como ressonância magnética. Os nódulos são
detectados na maioria das ultrassonografias realizadas em adultos, no entanto,
apenas 5% deles são malignos, ou seja, câncer. A maioria é benigna e
assintomática, embora sintomas como dificuldade ou desconforto ao engolir e
rouquidão possam surgir, principalmente pelo aumento da glândula por conta do
número ou do tamanho dos nódulos.
A maioria dos nódulos de tireoide não
causa nenhuma alteração hormonal e não necessita de tratamento, e sim de acompanhamento.
Somente uma avaliação clínica e testes laboratoriais mostrarão se o nódulo é
hiperfuncionante (produtor de hormônio) ou não. Esses testes não servem para
diagnosticar câncer, que é considerado raro. O câncer de tireoide representa
menos de 2% dos cânceres em homens e cerca de 2 a 5% em mulheres, segundo a
Estimativa de Câncer 2014 do Inca.
Atualmente, a ultrassonografia é o
principal exame para a avaliação do nódulo tiroidiano e deve ser feita por um
profissional bem treinado. Com esse exame será descrita a presença de
características suspeitas, ressaltando o(s) nódulo(s) que tem maior chance de
ser câncer. Estes serão submetidos à punção aspirativa por agulha fina guiada
por ultrassonografia. O exame é considerado simples, rápido, relativamente
indolor, semelhante a uma coleta de sangue. Consiste na coleta de uma
quantidade mínima de líquido do nódulo para o estudo citopatológico (análise
das células).
O sucesso do exame depende principalmente da experiência do médico que faz o procedimento e do citopatologista que examinará a amostra. Com o advento da punção aspirativa por agulha fina, muitos nódulos benignos deixaram de ser submetidos à cirurgia, mas ainda há a possibilidade de remoção, por conta do quadro clínico, independentemente do resultado benigno. Os nódulos suspeitos ou mesmos os que não tenham esse diagnóstico, mas com quadro ultrassonográfico ou clínico que sugira risco de malignidade devem ser submetidos à cirurgia. Confirmado cirurgicamente o diagnóstico de câncer, em determinados casos, é realizado tratamento complementar com iodo radioativo, assim, as chances de cura são grandes. O acompanhamento de um especialista é essencial para o sucesso desse tratamento.
Fonte: OncoGuia
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