sexta-feira, 24 de julho de 2015

Medo de biopsia? Entenda mais sobre esse exame e sua importância

Ao receber o pedido médico de uma biópsia, muita gente se preocupa e imagina que haja a suspeita de um tumor. No entanto, o procedimento pode diagnosticar desde doenças inofensivas, como formação de verrugas ou cistos, até as mais preocupantes, como o câncer.  Nesse exame, são coletadas amostras de tecidos, células ou líquidos, para serem analisadas posteriormente por um médico patologista.

   A solicitação de biopsia pode ser feita quando, por meio de um exame laboratorial ou de imagem, o médico percebe uma alteração significativa e precisa saber exatamente o que é. Pode também ser necessária quando o paciente apresenta alguma síndrome clínica (como anemia, baixo número de plaquetas ou uma alteração bioquímica), que requer maior investigação.

   O exame histológico de uma amostra de tecido é parte da investigação clínica de uma doença. O levantamento inclui, além da biopsia, o exame clínico, de sangue e imagem. As informações levantadas em todos esses resultados permitem a elaboração de um diagnóstico e a escolha do tratamento adequado, bem como do prognóstico de cada caso. Assim, o acompanhamento de um paciente é feito por médicos de várias especialidades e a integração entre eles é fundamental.

   A biópsia pode ser feita em várias áreas do corpo e o tamanho da amostra depende da dimensão da lesão ou do órgão a ser avaliado. Apesar de ser um procedimento cirúrgico, geralmente a biópsia é bem simples e exige somente anestesia local.

Conheça alguns tipos de biópsia:

- Punção aspirativa: consiste em introduzir uma agulha muito fina em um nódulo, para retirada de material para análise. Geralmente é indicada para pesquisa em nódulos de tireoide e de mama e linfonodos aumentados, mas também pode ser realizada, por exemplo, em órgãos mais profundos, como o pulmão. O exame ajuda a detectar tanto doenças infecciosas quanto tumorais.

- Biópsia excisional: intervenção cirúrgica que remove todo o tecido suspeito para análise. Indicada, por exemplo, quando há linfonodos aumentados na axila ou na virilha.

- Biópsia incisional: é feita a remoção de um fragmento da lesão por meio de uma incisão cirúrgica. Indicada quando há presença de lesões maiores.

- Biópsia externa: feita na pele ou nas mucosas e sob anestesia local, quando há suspeitas de câncer de pele ou doença que não é possível  ser diagnosticada apenas com o exame físico.

- Biópsia endoscópica: pinça fragmentos da lesão no momento da endoscopia. É realizada por cirurgião endoscopista. Pode ser também orientada por ultrassonografia endoscópica.

- Biópsia de medula óssea: é a coleta de uma amostra de medula (fragmentos do osso), geralmente extraída do osso da bacia, com anestesia. O exame é indicado para investigações de doenças do sangue – tanto benignas quanto malignas – ou quando há suspeitas de que a medula óssea esteja invadida por um tumor. O procedimento para obtenção de material da medula óssea é simples, porém requer cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar. No entanto, não há riscos à saúde do paciente.

- Biópsia de linfonodo sentinela: indicada para detectar metástases em quadros de câncer de mama e de pele. O linfonodo sentinela é removido e examinado para determinar se há células de câncer presentes. É baseada na ideia de que os tumores se espalham (metástases linfáticas) de forma ordenada a partir do tumor primário para os linfonodos sentinelas e então para outros linfonodos mais distantes. O resultado negativo sugere que o câncer não se espalhou pelo sistema linfático e o resultado positivo indica que a doença está presente no linfonodo sentinela e pode estar também em outros linfonodos na mesma área. A informação ajuda o médico a determinar o estágio da doença e traçar o melhor plano de tratamento.

   A biópsia pode ser dolorida, dependendo do órgão a ser analisado. Em alguns casos, pode ser necessária anestesia local e em outros nem isso. Já a anestesia geral só é necessária quando a coleta de material é feita através de uma cirurgia. Na maioria dos casos, a retirada de material para biopsia é simples, feita através de procedimentos ambulatoriais, ou seja, dentro do consultório médico.

FONTE: IG e SETOR SAÚDE


quarta-feira, 8 de julho de 2015

O que é Medicina Fetal?

Conceitualmente, a Medicina Fetal  é considerada uma especialização da Obstetrícia, reconhecida no Brasil pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), contudo envolve profissionais de diferentes áreas, sobretudo  profissionais de Radiologia, pois inclui os diagnósticos por imagem. O objetivo da área consiste no acompanhamento detalhado do binômio materno-fetal, em busca do diagnóstico e tratamento de anomalias que possam ocorrer no período gestacional.

 A Medicina Fetal tem um histórico que remete aos anos 70, quando a prática do rastreamento de síndromes ganhou força em escala mundial. A partir do desenvolvimento dos equipamentos de ultrassonografia, modernização das técnicas e novas fronteiras científicas, a Medicina Fetal cresceu ainda mais. O ultrassom, método não invasivo, tornou-se uma ferramenta imprescindível para o acompanhamento gestacional.
São inúmeras as patologias que podem ser prevenidas e tratadas ainda durante a gestação. As mais comuns incluem: hérnia diafragmática, anemia fetal, obstrução urinária, Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STTF) e  vários tipos de cardiopatias.

No tratamento da hérnia diafragmática, por exemplo, é utilizado um balão traqueal, posicionado de foram semelhante a uma entubação por meio de fetoscopia, que expande o pulmão do feto. Quando ocorre a anemia fetal, uma das opções terapêuticas inclui a transfusão para o bebê por meio de cordocentese guiada por ultrassonograia. Já a STTF, na qual os gêmeos compartilham parte da circulação da mesma placenta, a técnica aplicada pode incluir a laserterapia também guiada por fetoscopia.

Os exames que podem ser utilizados para verificar anomalias no feto durante o período gestacional são: Ultrassonografia 3D/4D, Ultrassonografia Morfológica Do Primeiro Trimestre, Ultrassonografia Morfológica do Segundo Trimestre, Ultrassonografia Transvaginal, Amniocentese, Cordocentese, Amostra Do Vilo Corial, Cardiotocografia, Dopplerfluxometria, Ecocardiografia Fetal, Perfil Biofísico Fetal, Rastreio De Fatores De Risco Para Trabalho De Parto Prematuro.

Já os tratamentos são os seguintes: Terapêutica fetal medicamentosa, Transfusão intra-útero e amnioinfusão. Já a cirurgia fetal pode ser dividida nas seguintes especialidades: Amnioredução, Derivações intra-uterinas, Derivação ventrículo-amniótica,  Derivação tóraco-amniótica e Cirurgia fetal endoscópica.


Fonte: InfoEscola 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Comum em mulheres, maioria dos nódulos da tireoide é benigna

Grande parte dos nódulos não causa alterações hormonais e não necessita de tratamento, mas sim de acompanhamento.


A tireoide é uma glândula localizada inferiormente na face anterior do pescoço e é responsável principalmente pela produção de hormônios que regulam o metabolismo (ganho e gasto de energia) do corpo. O surgimento de nódulos nesta glândula é muito comum em mulheres e a chance de tê-los aumenta com a idade. A deficiência de iodo na dieta é uma causa, embora a maioria não tenha um agente determinado. 
Nas últimas décadas, houve aumento na detecção do nódulo tireoidiano por causa do maior uso da ultrassonografia e de outros exames da região cervical, como ressonância magnética. Os nódulos são detectados na maioria das ultrassonografias realizadas em adultos, no entanto, apenas 5% deles são malignos, ou seja, câncer. A maioria é benigna e assintomática, embora sintomas como dificuldade ou desconforto ao engolir e rouquidão possam surgir, principalmente pelo aumento da glândula por conta do número ou do tamanho dos nódulos.

A maioria dos nódulos de tireoide não causa nenhuma alteração hormonal e não necessita de tratamento, e sim de acompanhamento. Somente uma avaliação clínica e testes laboratoriais mostrarão se o nódulo é hiperfuncionante (produtor de hormônio) ou não. Esses testes não servem para diagnosticar câncer, que é considerado raro. O câncer de tireoide representa menos de 2% dos cânceres em homens e cerca de 2 a 5% em mulheres, segundo a Estimativa de Câncer 2014 do Inca. 

Atualmente, a ultrassonografia é o principal exame para a avaliação do nódulo tiroidiano e deve ser feita por um profissional bem treinado. Com esse exame será descrita a presença de características suspeitas, ressaltando o(s) nódulo(s) que tem maior chance de ser câncer. Estes serão submetidos à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassonografia. O exame é considerado simples, rápido, relativamente indolor, semelhante a uma coleta de sangue. Consiste na coleta de uma quantidade mínima de líquido do nódulo para o estudo citopatológico (análise das células).

O sucesso do exame depende principalmente da experiência do médico que faz o procedimento e do citopatologista que examinará a amostra. Com o advento da punção aspirativa por agulha fina, muitos nódulos benignos deixaram de ser submetidos à cirurgia, mas ainda há a possibilidade de remoção, por conta do quadro clínico, independentemente do resultado benigno. Os nódulos suspeitos ou mesmos os que não tenham esse diagnóstico, mas com quadro ultrassonográfico ou clínico que sugira risco de malignidade devem ser submetidos à cirurgia. Confirmado cirurgicamente o diagnóstico de câncer, em determinados casos, é realizado tratamento complementar com iodo radioativo, assim, as chances de cura são grandes. O acompanhamento de um especialista é essencial para o sucesso desse tratamento.

Fonte: OncoGuia